Você conhece a mulher ímpar? Se não conhece, é melhor se reciclar. Volte ao útero de onde veio e tente descobrir este novo tipo de mulher. Uma raridade. Ser maravilhoso e oculto na multidão consumista, perceptível somente na busca intrincada e constante. Gênero simbiótico de mulher que guarda os valores de “Amélia que era mulher de verdade...”, bem como apresenta características da mulher atual, emancipada, atuante no mercado de trabalho, ativa e comprometida com a felicidade dos filhos, engajada com a promoção do amor pelo marido, pelo homem que a completa e realiza.
A mulher que falamos não se encontra em boates, bares, na vida noturna, em academias de musculação e muito menos no ambiente trabalhista. Ela pode estar lá sim, mas está encoberta, preservada dos machões e aventureiros de plantão. A mulher ímpar é única, invulgar, algo quase em extinção. Ela valoriza o amor verdadeiro, o respeito, a dignidade, não se expõe desnecessariamente, a não ser na conquista de seus objetivos. Procura o homem ideal, aquele que a fará feliz, completa, realizada, que com ela constituirá uma família. Não cede aos conquistadores baratos e oportunistas de tocaia que desejam apenas usá-la como objeto descartável, ou assumir o poder aquisitivo que ela detém em decorrência de uma herança familiar ou emprego estável, situação que desejam, para colocá-los muito longe da penúria. Pela difícil identificação e pelo valor inestimável que apresenta é muito procurada pelos homens hoje em dia. É a mulher com as qualidades ideais para o matrimônio, para a construção de uma família, para dividir-se problemas e compartilhar alegrias. É a amante ideal, que não irá debochar da impotência temporária do homem ou de suas fraquezas psicológicas, que saberá apoiá-lo em momentos críticos, como no desemprego ou na perda de um ente querido.
A emancipação da mulher concedeu-lhe maior liberdade, mas também promoveu a sua ousadia, no sentido que ela não mais dependesse do homem, seja no lar, no trabalho, no lazer. A mulher descobriu os mistérios da vida noturna, de ser dona de sua liberdade, de não se ocupar com afazeres domésticos ou problemas financeiros familiares, muito menos com os sentimentos do homem com o qual compartilha sua cama. O homem passou a ser visto como elemento importante, mas não fundamental para a realização feminina. Tornou-se objeto que proporciona prazer, que funciona bem no serviço braçal que lhe é mais adequado, para as situações que exigem agressividade e atitude. Com esta postura, a mulher distanciou-se do matrimônio, da constituição da célula-mãe da sociedade que é a família. Optou por ter filhos de maneira independente, empregando o homem apenas como reprodutor, não como marido, pois não depende mais financeiramente dele para sustentar sua prole e definir seu destino. Esse perfil de mulher expandiu-se de tal maneira pela sociedade, gerações e gerações, que a mulher ímpar foi desaparecendo, tornando-se uma mulher infrequente.
Procura-se a mulher ímpar, exaustivamente. Desejam-na e ela tem consciência de seu valor, do que significa e representa. Sua essência é rara. Misto de musa e mulher recatada. Consciente de seu poder sabe ser mulher e amante, reconhece quando o homem merece seu amor e carinho. Cede o corpo na mesma proporção que recebe daquele com o qual se envolve. Identifica a sinceridade, valoriza o respeito e respeita, tem dignidade e não abre mão dela. Sabe de suas possibilidades, que não são poucas, e como usá-las, sem menosprezar o homem ou qualquer outro semelhante que se relacione. Sabe agir, como, quando e onde, quando for preciso.
Se encontrar uma mulher ímpar por aí, não a deixe escapar. Você tem uma preciosidade nas mãos. Cuide-a com carinho e devoção, pois só tem a ganhar. Será feliz e realizado como homem, marido ou companheiro. Se fores uma mulher ímpar, sorria, tirou a sorte grande e não precisa se preocupar. Uma multidão de homens está a sua procura e outra, igualmente de mulheres, inveja-a, visceralmente.
Um comentário:
Fantástico texto!
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