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"A literatura insinua e coloca questões muito mais do que as responde ou resolve."

-------------------Milton Hatoum, escritor brasileiro



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terça-feira, 20 de abril de 2010

CQC – CUSTE O QUE CUSTAR

UM CAFEZINHO E... EU PAGO A PROSA

Pouco tempo me resta para ficar diante da televisão, devido à produção de textos para o blog e os afazeres que envolvem o lançamento do meu livro Por Trás da Lei. Mas sempre que posso entrego-me ao ócio e refestelo o corpo cansado numa das poltronas da sala, passando a catar novidades na telinha.

Misturar jornalismo com humor ou humor com jornalismo, que para alguns a ordem dos fatores não altera o produto, não termina bem. No primeiro binômio, não vejo receptividade e nem espaço para um jornalista de credibilidade fazer humor com um assunto sério. Sua reputação e audiência são lançadas, em queda livre, no fundo de alguma lata de lixo enferrujada. Entretanto, na outra ponta desta balança, onde encontramos humor com jornalismo, até hoje ninguém conseguiu a façanha dos apresentadores ou comediantes do programa CQC, Custe o Que Custar, da Rede Bandeirantes. Eles apresentam fatos políticos ou artísticos com aquela “tintura” humorística que cativa a atenção de qualquer telespectador, até daquele que adora cochilar diante da tv. É claro que não é uma e nem duas vezes que derrapam na abordagem, conduzindo e encerrando a matéria de maneira um tanto confusa, vazia e sem a graça esperada pelo telespectador. Outro fator negativo no programa e que podemos perceber sem nenhuma dificuldade é a excessiva carga de merchandising durante sua exibição, depreciando um pouco sua qualidade satírica. Os dublês de repórteres que abordam pessoas públicas, como políticos, celebridades e outros não menos importantes, fazem perguntas pouco discretas e que levam os entrevistados a cometerem gafes e se confundirem em suas respostas, trazendo graça e alegria ao programa, tornando-o um entretenimento muito agradável. Os quadros que formam a carteira do programa são bem elaborados e acredito que o segredo da trupe é revelar o lado B das notícias, o lado que a mídia evita expor ou tenta ocultar e que o povo tanto deseja que seja revelado, de modo transparente e objetivo.

Custe o que Custar é um programa que não deve acabar, apesar dos protestos políticos e de celebridades que se sentem incomodados ou com sua pretensa intimidade ferida. Vida longa e sucesso ao programa e a todos os seus integrantes e que ele se renove sempre que possível.

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